Ò acredita
que nasceu em Viena;
Ò até
aos 16 anos viveu num colégio em França;
Ò passou
dificuldades devido à vida dissoluta da mãe;
Ò viveu
depois, em Paris, com o irlandês Mac Gren, de quem teve a filha Rosa;
Ò morto
Mac Gren na guerra, conheceu o brasileiro Castro Gomes, a quem se juntou em
troca de estabilidade financeira;
Ò entrou
na sociedade lisboeta pela mão de Castro Gomes, com quem partilhava a sua vida,
havia três anos;
Ò esclarecida
a sua situação de amante de Castro Gomes e não de esposa, viveu momentos
transitoriamente felizes ao lado de Carlos;
Ò Guimarães
destrói essa felicidade, apresentando os documentos da sua verdadeira
identidade;
Ò parte
para Paris e acaba por casar com Mr. De Trelain, casamento, segundo o ponto de
vista de Carlos, de dois seres desiludidos;
Ò é
alta, loira, elegante, envolta numa aura de mistério;
Ò é
apresentada como uma deusa, talvez demasiado idealizada, um ser superior;
Ò tem
uma forte consciência moral e social aliada a uma ideologia progressista e
pragmática;
Ò salienta-se
ainda a sua faceta humanitária e a compaixão pelos socialmente desfavorecidos,
motivando a comparação que Carlos faz entre ela e o avô;
Ò à
sua perfeição física alia-se a sua dignidade, a sensatez, o equilíbrio;
Ò ainda
assim, herdou da mãe algumas marcas, reveladas em pormenores como a caixa de pó-de-arroz (uma joia de cocotte)
e o Manual de Interpretação de Sonhos;
Ò é
vítima do seu passado, numa estética aparentemente naturalista; no entanto, é
ela própria que conta a sua história (depois de o leitor já conhecer a
personagem), omitindo o que não conhece, afastando-se assim da estática
naturalista;
Ò a
súbita revelação da verdadeira identidade da sua deusa vai provocar em Carlos
estupefação e compaixão, posteriormente o incesto consciente, e depois deste a
repugnância;
Ò ela
é o último elemento feminino da família Maia e simboliza, tal como as outras
mulheres da família, a desgraça e a fatalidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário