Ò É
o protagonista;
Ò segundo
filho de Pedro e Maria Monforte, neto de Afonso;
Ò recebeu
uma rígida educação à inglesa, moderna e laica;
Ò cursou
medicina em Coimbra;
Ò é
descrito como um belo jovem da Renascença com olhos negros e líquidos próprios
dos Maias, alto, bem feito, de ombros largos, com cabelos pretos, barba muito
fina, castanho escura;
Ò elegante
na sua toilette, era admirado pelas mulheres;
Ò depois
do curso acabado, viaja pela Europa;
Ò regressando
a Lisboa, traz planos grandiosos, que
abandona ao sucumbir à inatividade;
Ò acaba
por ser absorvido por uma vida social e amorosa que levará ao fracasso das suas
capacidades e à perda das suas motivações;
Ò é
um diletante, demonstrando um comportamento dispersivo;
Ò apesar
da sua educação à inglesa e da sua cultura, que o tornam superior ao contexto
sociocultural português, revelando-se um gentleman, será absorvido pela
inércia do país, assumirá o culto da imagem, numa atitude de dândi;
Ò de
acordo com a estética naturalista, é vítima da hereditariedade (reflete o luxo
e o romantismo da mãe, junto com algum do sentimentalismo do pai), sendo também
fortemente influenciado pelo meio decadente em que se move;
Ò a
Condessa de Gouvarinho leva-o a entregar-se ao prazer sensual, do qual se
entedia;
Ò a
sua verdadeira paixão nascerá em relação a Maria Eduarda;
Ò ao
saber da verdadeira identidade de Maria Eduarda, consumará o incesto
voluntariamente por não ser capaz de resistir à intensa atração que Maria
Eduarda exerce sobre ele;
Ò acaba
por assumir que falhou na vida, tal como Ega, pois a ociosidade dos portugueses
acabaria por contagiá-lo, levando-o a viver para a satisfação do prazer dos
sentidos e a renunciar ao trabalho e às ideias pragmáticas;
Ò simboliza
a incapacidade de regeneração do país a que se propusera a própria Geração de
70;
Ò no
final da obra afirma-se partidário do “fatalismo muçulmano” (ou seja, “nada
desejar e nada recear(…) Tudo aceitar…”) – afastando-se da estética
naturalista, através da crença no Destino como uma força superior que governa o
ser humano, independentemente da sua vontade;
Ò é
uma personagem modelada.
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